´Carybé ilustra Jorge Amado´ será aberta em Ilhéus no próximo dia 27
A exposição “100 x 100 – Carybé Ilustra Jorge Amado”, que homenageia o centenário de nascimento de dois dos maiores expoentes artísticos da Bahia, estará em cartaz na galeria do Teatro Municipal de Ilhéus (TMI), no período de 27 deste mês a 27 de julho. Vista por milhares de pessoas desde a sua abertura oficial no Teatro Castro Alves (TCA), em 10 de agosto de 2011, a mostra poderá ser visitada em Ilhéus gratuitamente, de segunda a sexta-feira, sempre das 9 às 12 e das 14 às 18 horas.
A montagem traz capas e ilustrações feitas por Carybé para alguns livros de Jorge Amado, como Jubiabá, O Sumiço da Santa, O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá e A Morte e a Morte de Quincas Berro d'Água. Também estão incluídas na mostra cartazes, croquis de cenários e fotos que revelam diferentes momentos da amizade entre o escritor baiano, nascido em 10 de agosto de 1912, e o artista plástico argentino radicado na Bahia, nascido no dia 7 de fevereiro de 1911.
Para o secretário de Cultura de Ilhéus, Paulo Atto, a exposição é uma belíssima oportunidade para o público regional conhecer um pouco mais sobre o trabalho de um dos artistas plásticos mais importantes do Brasil. “Além da sua importância em outras áreas artísticas, como a pintura e a escultura, é importante destacar que, através de suas ilustrações, Carybé conseguiu dar uma cara à obra de Jorge Amado”, completa o secretário.
Solange Carybé, filha do artista plástico, assina a curadoria da exposição e revela que “Carybé e Jorge Amado eram irmãos, por escolha própria e dos orixás, além de compadres. Como artistas, seus temas e interesses também coincidiam”. “100 x 100 – Carybé ilustra Jorge Amado”, que deverá percorrer várias cidades da Bahia, é uma realização do Instituto Carybé e, em Ilhéus, uma promoção da secretaria municipal de Cultura.
Carybé - Hector Julio Páride Bernabó (Carybé) nasceu em Lanús, na região de Buenos Aires, na Argentina, no dia 7 de fevereiro de 1911, falecendo em Salvador, no dia 2 de outubro de 1997. Ao longo de sua trajetória, foi pintor, desenhista, ilustrador, ceramista, escultor, muralista, pesquisador, jornalista e historiador. Radicado no Brasil desde o início dos anos 50, Carybé acreditava na força da miscigenação das Américas, retratando a cultura do povo da Bahia como nenhum outro artista.